Escrito pela Diretora de Gente e Gestão, Daniela Poleza

Durante muito tempo, o modelo de gestão estabelecido como de sucesso era de organizações e lideranças controladoras focadas apenas em resultados.  Ao longo dos anos e com as transformações do mundo corporativo, isso foi mudando e hoje muito se fala em liderança humanizada. Esse conceito se concentra em desenvolver relacionamentos genuínos e cultivar uma cultura organizacional baseada na confiança, no respeito e na empatia, para daí sim, alcançar os resultados desejados.

A pandemia foi um fator que teve forte influência para essa mudança, contribuindo para que as pessoas começassem a entender que é preciso equilibrar vida pessoal e profissional. Foi também neste período pandêmico que muitos líderes perceberam a importância de ajustar a forma de conduzir seus times, olhando para cada colaborador de forma individual, analisando e revisando valores e prioridades. É importante destacar que não podemos tratar essa condução de forma romantizada, pois o resultado tem que equivaler. (ser compatível).

A liderança humanizada requer gostar de gente, gerar conexões profundas, cultivar ambientes e relacionamentos colaborativos, promovendo uma comunicação aberta e uma escuta ativa. O líder tem que estar dedicado em criar um ambiente de trabalho que promova o crescimento pessoal e profissional. 

Através deste modelo é possível gerar uma cultura saudável que envolva, por exemplo, a prática do feedback com uma comunicação aberta e clara, alinhamento e transparência sobre quais os objetivos da organização e o que é esperado de cada colaborador.

Um outro ponto trabalhado através da liderança humanizada é o fator “indivíduo”. Perceber o que motiva ou leva o colaborador ao tédio faz com que o gestor consiga manter o grupo mais coeso e trabalhando de forma mais colaborativa e produtiva. 

Além do conceito de liderar de forma humanizada, outro ponto que tem sido muito debatido é a segurança psicológica. Já ouviu falar? É a sensação compartilhada pelos membros de uma equipe de que é seguro assumir riscos e ser vulnerável. Em um contexto de trabalho, isso significa que os funcionários se sentem à vontade para expressar suas opiniões, ideias e preocupações sem medo de retaliação ou julgamento negativo. 

Acreditando nesses conceitos, embasada nos seus valores, a Poly investe continuamente em desenvolver sua liderança. Durante o mês de fevereiro, 21 líderes foram convidados a participar de um treinamento focado em desenvolver essas duas habilidades. A intensa experiência e a superação de desafios propostos no treinamento trouxe uma ampla visão da importância desses conceitos no papel do líder. 

Claramente, segurança psicológica e liderança humanizada estão intimamente ligadas. Uma liderança humanizada cria um ambiente onde a segurança psicológica pode prosperar. Quando os líderes demonstram sensibilidade, apoio e preocupação genuína com seus times, naturalmente proporcionam um ambiente onde as pessoas se sintam mais seguras para expressar suas opiniões e serem autênticas. Da mesma forma, a segurança psicológica é um alicerce fundamental para uma liderança humanizada eficaz. Os líderes não podem cultivar relacionamentos autênticos e promover o crescimento de suas equipes se os membros não se sentirem seguros o suficiente para compartilhar suas preocupações, ideias e aspirações.

Portanto, investir na criação de uma cultura organizacional baseada na segurança psicológica e na liderança humanizada pode resultar em equipes mais engajadas e criativas, além de promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.